SPDA é um conjunto de captores, para-raios, condutores, isoladores e aterramento, montados conforme determinação de projetos, baseado em norma, e tem como objetivo direcionar as cargas elétricas ao aterramento, afim de proteger a edificação, equipamentos e pessoas.
Os equipamentos do SPDA, devem estar em perfeito estado de conservação para que a sua função técnica seja atendida em conformidade.
Em edifícios residenciais a NBR-5419 solicita uma revisão completa a cada cinco anos. Com inspeção e laudo anual.
Instalações industriais esse tempo não deve ultrapassar de 12 meses, com medição de resistência ôhmica no sistema.
Caso haja uma alteração civil na cobertura da edificação, ou instalação de equipamentos, o sistema de para-raios deverá ser reavaliado e regularizado em função da nova condição.
Se constatada a ocorrência de queda de raio na edificação, o sistema de para-raios também deverá ser revisado.
Obviamente uma nova manutenção com medição deverá ocorrer quando for constatada irregularidade ou identificado defeito.
A Inspeção visual do SPDA é um recurso muito útil que consegue identificar quase todos os problemas em relação ao sistema. Toda e qualquer anormalidade deve ser registrada e reparada logo que possível.
Essa inspeção pode ser otimizada se for usado binóculo e máquina fotográfica digital com zoom, e drone.
Inspeção visual: Frequência : A cada 07 dias
Pessoal treinado para aproximação de sistema elétrico energizado, escada, cinto de segurança, binóculo e máquina fotográfica.
Condições: Dia de sol com poucas nuvens escuras em área externa.
O que deve ser verificado:
1. Inspecionar conservação de cabos, conexões captores, isoladores e para raios, observando:
1.1 Trinca em porcelana, fissura em corpo de silicone;
1.2 Mancha de tinta de qualquer espécie;
1.3 Mancha de vazamento elétrico de contaminação;
1.4 Oxidação das ferragens e conexões;
1.5 Componente mal instalado;
1.6 Componente quebrado;
1.7 Cabo partido, barra interrompida;
1.8 Conexão frouxa;
1.9 Ausência de algum componente;
1.10 Desgastes.
Levantamento técnico está baseado em na NBR 5419/2015, observando também as condições construtivas e de conservação atual, focando a segurança das instalações, baseada na norma de 2005, da instalação original. É importante observar as diretrizes do projeto. Pois o projeto é o documento técnico e certificado por ART, que garante por responsável técnico a segurança das instalações.
A mudança da norma tem como objetivo o melhoramento da segurança das instalações e a indicação da aplicação de novos materiais e sistemas de proteção. Assim como a simplificação da instalação.
Foi realizadas inspeção e medição de SPDA, relatando não conformidades encontradas, como:
A primeira grande mudança entre as duas normas está na quantidade de páginas. A norma anterior possuía 42 páginas, e a norma atual passou a ter aproximadamente 380 páginas.
O anexo B da norma de 2005, (análise de necessidade de proteção), na norma 2015 passou a ser chamado de Análise de Risco, onde, além dos fatores de ponderação existente, novos fatores de risco para a edificação que até então não eram analisados passaram a ser observados com mais rigor. É nesta parte da norma que são definidos: o nível de proteção e quais medidas complementares deverão ser tomadas para garantir uma proteção eficiente à edificação, pessoas e instalações.
Com relação à quantidade de métodos de proteção, não houve alteração, continuando a serem usados os métodos: dos Ângulos (Franklin), Modelo Eletrogeométrico e Método das Malhas. As maiores mudanças ocorreram no Método dos Ângulos com o aumento significativo do alcance de pequenos captores, particularmente até dois metros.
O Método das Malhas teve seus meshs (reticulados) reduzidos para: classe 1 = 5x5m; classe 2 = 10x10m; classe 3 = 15x15m e classe 4 = 20x20m. Também os espaçamentos das descidas e dos anéis horizontais passaram a ser: classe I = 10m; classe II = 10m; classe III = 15m e classe IV = 20x20m. O Método Eletrogeométrico permaneceu inalterado.
O gráfico de comprimento mínimo de eletrodo enterrado versus resistividade do solo, agora foi estendido também para nível II de proteção já que antes só havia relação direta entre os dois parâmetros no nível I.
A tabela de condutores de captação, descidas e aterramento foi aprimorada com novos materiais (aço cobreado, alumínio cobreado), e algumas dimensões mínimas e tolerâncias foram estabelecidas.
Os testes de continuidade das estruturas de concreto armado foram normalizados em duas etapas com melhor detalhamento dos seus procedimentos.
A medição da resistência ôhmica do aterramento do SPDA, bem como o anterior valor sugerido de dez ohms foi retirada da norma.
O arranjo A (aterramento pontual) foi retirado da norma, permanecendo apenas o arranjo B (em anel) circundando a edificação e interligando todas as descidas. Este anel deve estar no mínimo, 80% em contato com o solo.
As edificações com altura superior a dez metros deverão possuir no subsistema de captação, um condutor periférico em forma de anel, contornando toda a cobertura e afastado no máximo a meio metro da borda.
Condutores em Alumínio, mesmo com capa isolante, continuam sendo proibidos dentro de calhas de água pluvial. O cobre passa a ser permitido nestas condições.
Em paredes de material inflamável, o afastamento dos condutores passa a ser de no mínimo dez centímetros. Nos demais tipos de parede, os condutores podem ser fixados diretamente sobre as mesmas, ou embutidos dentro do reboco.
A norma agora expõe com mais detalhes, a utilização de ferragens estruturais como parte do SPDA, com destaque para os sistemas que utilizam barra adicional dedicada, como forma de garantir a continuidade elétrica e a equalização de potenciais (Anexo D);
Passa a ser permitida a utilização das ferragens de estruturas de concreto protendido como parte integrante do SPDA. Os cabos de aço da estrutura protendida NÃO poderão ser utilizados como parte do SPDA.
A tabela quatro determina agora as espessuras mínimas para que estruturas metálicas (por exemplo, tanques) possam ser utilizadas no SPDA. São definidas espessuras para não haver pontos quentes (para tanques de inflamáveis e explosivos), e pontos de perfuração (para tanques de ácidos, por exemplo);
Todas as peças e acessórios de origem ferrosa, usados no SPDA, deverão ser galvanizadas a fogo ou banhadas com duzentos e cinquenta e quatro micrometros de cobre. Fica assim proibida a zincagem eletrolítica.
A ligação que era feita entre os anéis horizontais de cintamento e as caixas de equalização secundárias não deverá mais ser executada. Deverá ser instalada uma prumada vertical para interligar as caixas de equalização secundárias à caixa de equalização principal (LEP);
O valor da resistência de aterramento de dez ohms continua sendo recomendado, porém, em locais onde o solo apresente alta resistividade, poderão ser aceitos valores maiores, desde que sejam feitos arranjos que minimizem os potenciais de passo, e que os procedimentos sejam tecnicamente justificados;
O parágrafo sobre o congelamento do solo foi retirado;
Nos SPDA estruturais que não utilizarem a barra adicional dedicada, deverão ser feitas medições de continuidade elétrica entre diversos pontos da estrutura, pois na maioria dos casos a execução não é acompanhada pelo responsável técnico do SPDA;
Em caso de não necessidade de SPDA, deverá ser emitido um atestado através do anexo B da norma;
Para áreas classificadas o volume a ser protegido deverá ser considerado acima da área de evaporação dos gases (plano fictício);
Foi incluído um novo mapa de curvas isocerâunicas das regiões com dados mais recentes;
A norma traz no Anexo E as exigências para a medição de continuidade elétrica de ferragens;
Todas as tabelas passaram a ser inseridas dentro do texto da norma;
O texto na nova norma deixa explícito que, caso o cálculo do número de descidas dê como resultado um número menor que dois, deverão ser instaladas mesmo assim, pelo menos duas descidas para qualquer tipo de edificação. Postes metálicos não necessitam de descidas, podendo ter a sua estrutura aproveitada como descida natural.
Nos casos onde for impossível a execução do anel de aterramento inferior dentro de valetas, deverá ser feito um anel de equalização a até quatro metros acima do nível do solo;
Caso sejam utilizados cabos como condutores de descida, estes não poderão ter emendas (exceto a emenda no ponto de medição), nem mesmo com solda exotérmica. Para condutores de perfis metálicos, as emendas continuam permitidas;
Foi retirada a exigência de se banhar com chumbo, as peças e acessórios usados no topo de chaminés;
A norma reforça a exigência de se documentar toda a instalação, através de projetos e relatórios técnicos, e de se fazer as vistorias periodicamente;
As descidas do SPDA deverão distar das tubulações de gás no mínimo dois metros. Caso esse distanciamento não seja possível às tubulações deverão ser equalizados a cada vinte metros de altura, diretamente no SPDA ou indiretamente através de DPS (Dispositivo de Proteção de Surtos) dependendo do caso;
Em estruturas cobrindo grandes áreas com larguras superiores a quarenta metros, são necessários condutores de descida no interior do volume a proteger (requisito que será naturalmente atendido no caso de estruturas metálicas ou com armaduras de aço interligadas);
Espessura mínima de cabos de cobre certificado é de 35 m².